terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Desejos e metas para 2024

Foto: Westwing

Mais um ano chega ao fim, é possível ler em meus posts anteriores sobre como foi o meu ano de 2023, mas resumidamente foi um ano de muito aprendizado e superação. Principalmente sobre aprender a lidar com as minhas emoções, angústias e situações novas em minha vida. Naquele ano eu fui capaz de perdoar e ajudar as pessoas que me prejudicaram no passado, mesmo que até pouco tempo antes parecesse algo impossível. 

Existem muitas cicatrizes que provavelmente vão levar uma vida para sarar, e mesmo assim pode ser que ainda saia dessa vida com alguma. Mas ainda assim fui capaz de aceitar que não é possível consertar tudo na vida, só seguir em frente.

Para este ano de 2024, ainda tenho muito o que superar, mudar e melhorar para conseguir atingir a pessoa que eu realmente desejo ser. Acho que ter um norte nos ajuda a não perder o objetivo de vista, mesmo se perdendo pelo caminho durante a jornada.


A lista não tem ordem, todos os itens são prioridade:

  • Saber estabelecer limites do que é aceitável para mim e o que não é
  • Diminuir de forma considerável o uso diário de redes sociais
  • Me dedicar mais aos meus hobbies, talvez tentar encontrar novos
  • Tentar não pensar tanto em quão ruins são meus problemas, mas sim em uma solução para eles
  • Passar mais tempo de qualidade com as pessoas que eu amo e estimular o contato
  • Lutar pela minha essência de ser livre, nas palavras, nas ações, nos gestos e nos sentimentos
  • O clichê de todo ano: me alimentar melhor e procurar alguma atividade física que eu goste
  • Alinhado com o item acima, cuidar melhor do meu corpo e da minha mente
  • Me conectar com as minhas raízes e conhecer o passado

Fora estes itens, pretendo me mudar de casa, viajar mais (com uma grande viagem nas férias), tratar a minha hiper queda de cabelo antes que fique careca e continuar cuidando da minha autoestima (faz toda a diferença!).


Me parece muita coisa, mas são vontades reais, vamos torcer para que tudo dê certo, senão continuamos tentando! Vou deixar uma das minhas frases favoritas de citação:

“Nossa maior glória não está em nunca cair, mas em nos levantarmos toda vez que caímos.” - Confúcio

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Percepção de tempo, vida rápida e saúde mental



Estava assistindo ao filme Orgulho e Paixão (1957), estrelado por Sophia Loren, Cary Grant e Frank Sinatra outro dia e fiquei um pouco maravilhada em como a indústria cinematográfica avançou desde os anos 50. O cenário real do filme ao invés de computadorizado, o contexto histórico e político em uma trama romântica e até pela forma de atuar de nomes tão fortes (este último achei engraçado, me parece pouco fiel à vida real, não gostei da atuação do Frank, rs), porém acredito que era o auge da época.

Uma breve sinopse da história, a quem se interessar:
"1810. As legiões de Napoleão avançam Espanha adentro, o que obriga o aniquilado e massacrado exército espanhol a recuar. Ele se desfaz do maior canhão do mundo, que pesa sete toneladas, pois era importante evitar que ele fosse usado pelas tropas napoleônicas. Entretanto os ingleses também querem este canhão e mandam para a Espanha o capitão Anthony Trumbull (Cary Grant), que ao chegar encontra o canhão semi-destruído em um pequeno vale. Trumbull precisa do canhão para levá-lo para Santander e, com a ajuda de Miguel (Frank Sinatra), que chefia duzentos guerrilheiros, consegue içá-lo e consertá-lo. Mas quando planeja marchar para Santander com o canhão Miguel diz que irão para Ávila, onde está o quartel-general francês na Espanha. Miguel planeja usar o poder de fogo do canhão para destruir as muralhas de Ávila e se compromete que, após isto, irão para Santander. Trumbull concorda, apesar de ser um percurso de mil quilômetros. Durante o trajeto ele começa a se sentir atraído por Juana (Sophia Loren), a bela amante de Miguel".

Mas o que mais me impressionou foi como o tempo passa tão devagar em filmes antigos. Se tem muito mais apreço ao momento, à cena e até à história. Estamos acostumados com hiper produções cinematográficas onde às vezes é até difícil de acompanhar o que está acontecendo.

E eu fico pensando em como isso se relaciona com o momento das gerações a partir dos anos 90 até os dias atuais, que vieram com a tecnologia e respiram tecnologia. Nos sentimos entediados em ficar 1h lendo um livro, ou até mesmo em fazer qualquer coisa que não seja mexer nas mídias sociais. Não gostamos mais de apreciar o que é belo. De ver beleza nos detalhes e no simples. De desacelerar.

Em alguns momentos do filme senti ansiedade pela demora para ver as coisas acontecendo, mas isso não significa que o filme é ruim, na verdade foi uma red flag (sinal de alerta) para que eu mesma perceba que está na hora de parar, diminuir a velocidade e ter paciência. É fácil ficar 1h vendo tiktok sendo que não consigo ficar mais que 2 minutos assistindo a um vídeo (ou sem colocar no modo rápido de reprodução), mas não vejo como isso seja saudável para a saúde mental.

Recomendo se desafiar a diminuir o consumo de redes sociais (ou de qualquer coisa que seja tão dinâmica a gerar ansiedade) e tentar ficar entre 1h a 2h lendo algum livro ou até mesmo vendo filmes antigos, para desacelerar. Eu experimentei e senti uma melhora absurda no meu estresse.

Acho que o hype da vida agitada (bastante influenciada pelos filmes/séries americanos e culto a produtividade nas redes sociais), já está passando. Acredito que no futuro as pessoas vão dar mais valor a viver os momentos, viver a vida com pessoais reais, com calma... se colocar mais como prioridade e achar novas formas de entretenimento que não sejam adoecedoras. Além do mais, acredito que a tecnologia é essencial, se for usada a nosso favor, ainda estamos aprendendo a usar.

"Não é sobre quanto tempo, mas o quão bem você viveu é o principal" - Sêneca
quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Retrospectiva 2023, parte 1


Eu sou a maior fã de retrospectivas que vocês vão conhecer! Adoro ver um compilado dos altos e baixos do ano. Eu estou aprendendo os formatos que mais gosto para adotar, porém acho que vou fazer do jeito freestyle (estilo livre) dessa vez. E como eu falei no post anterior, não sou uma moça de poucas palavras, então vou ter que dividir em 2 partes.


O ano de 2023 foi uma loucura, misturada com extremos níveis de ansiedade e estresse. Inclusive, foi o primeiro ano que tive crises horríveis de ansiedade (odiei a experiência!) e o nível alto de cortisol me adoeceu de forma profunda, afetando o meu corpo e a minha mente. Foi um ano de perdas, recomeços, altos e baixos. É difícil terminar o ano com o pensamento de gratidão, porém acho que fui capaz de aprender a ver o lado bom da vida (sem ser especificamente, das coisas).


Janeiro

Comecei o ano vendo os fogos na praia de Santos. Foi quando tirei as minhas primeiras férias da vida onde pude fazer o que quisesse. Alinhei para tirar junto com meu namorado e passamos o mês inteiro em Santos, tínhamos apenas 2 meses de namoro e foi importante passarmos este tempo só nós. Andamos de escuna, fomos no aquário, no orquidário, em restaurante, no píer, comemoramos o aniversário de sogrita e fomos à praia, claro. Neste meio tempo ainda fizemos um bate-volta para Igaratá (interior de SP). Na segunda quinzena de férias descobri que tinha ovários policísticos e um cisto no seio direito, foi um baque receber este diagnóstico cercado de preocupação. Ainda nesta quinzena senti um certo tédio e sedentarismo, pois gastamos bastante tempo no sofá assistindo filme. Apesar do tédio, foi muito bom desacelerar. Sim, foi um mês longo.


Fevereiro

Voltei das férias para ver meus gatinhos (Pandora e Milk) e voltando ao trabalho tive que cobrir férias de 15 dias de outra pessoa, além de ter voltado o trabalho presencial 1x na semana (a minha parte menos favorita, rs). Eu, meu namorado e meu cunhado ganhamos entrada em um bar de rock para assistir a um show cover... sem comentários, o estrago foi grande. Só sei que essa noite terminou em um dogão onde o vinagrete deveria se chamar cebolete (e eu odeio cebola), com intermináveis soluços de embriaguez e minha primeira DR em nosso namoro. Superamos a DR e fomos na exposição "Michelangelo, o mestre da Capela Sistina", estava linda. Finalizamos o mês conhecendo o mirante "Monumento 500 anos"da Ilha Porchat, São Vicente.


MArço

Mês do meu aniversário! Único momento do ano onde é plausível comemorar a minha existência. Mas antes, fui fazer a biópsia do cisto no seio direito, para saber se era um cisto mesmo ou algum tumor e para o meu alívio, era somente um cisto (que provavelmente se desfez após a biópsia). O tratamento do SOP estava começando a surtir efeito e assim, pude celebrar a vida de verdade! Fomos comemorar meu aniversário junto com a OAB do meu cunhado na pizzaria Van Gogh (coincidência ou não, eu e Van Gogh comemoramos aniversário no mesmo dia) e depois no Vixe Bar. Ganhei flores, um colar lindo, chocolate... e me dei de presente um MacBook Air e um tratamento para as olheiras (laser + preenchimento), a realização de um sonho estético. Ainda neste mês comi mini pavlova (um doce neozelandês) pela primeira vez e amei.


Abril

As comemorações de aniversário seguiram no começo do mês, então eu fiz reflexo no cabelo (fiquei loira de novo), o tratamento das olheiras se iniciou de fato neste mês e comprei minha primeira joia, um anel da Pandora. Dei um rolê no bairro Liberdade em SP, que eu amo! Fomos à praia, porque vamos todo o final de semana para Santos, mas bem de vez em quando que vamos para a praia de fato. Também fomos no Outback, pois eu estava morrendo de vontade da comida e no fim do mês teve um chá bar antes do casamento do amigo do Yuri, ele passou vergonha com as brincadeiras (ele ia ser padrinho), foi divertido. Para finalizar, fomos no Burning Fest em São Vicente, para comer e ver o show cover do Nirvana.


Maio

Maio não foi um mês de muita novidade, mas tive bastante trabalho, pois tive que cobrir um gap temporário no time. Fui bastante no escritório e tomei muito suco detox com pão de queijo multigrãos do café que tem lá (e cappuccino da Kopenhagen para equilibrar). Foi o mês de casamento do amigo do Yuri, chorei horrores na cerimônia, foi linda. Pouco movimento no mês e muitas foto dos meus gatinhos no álbum do celular, rs.


Junho

Percebi que o peso que ganhei com o SOP não estava indo embora com o tratamento, então comecei a treinar em casa (odeio academia). Fui no shopping Eldorado comer com alguma amiga, mas não me lembro quem, pois não tiramos fotos, apenas tenho o registro do macaron! Teve aniversário e comemoramos com um bolo na casa de sogrita, tivemos a presença do nonno (que estava se recuperando de um câncer). Mais para o fim do mês recebi a notícia que uma das minhas amigas mais próximas iria se mudar para realizar seus sonhos na Europa, fui na despedida dela e foi de aquecer o coração revê-la, poder desejar tudo de melhor em sua vida, dar um abraço sem saber quando vou vê-la novamente, mas sabendo que é por um bem maior!


Embora eu tenha escrito bastante coisa sobre este primeiro semestre de 2023, este foi apenas um resumo. Em breve postarei a parte 2, sobre o segundo semestre do ano e aguentem, pois as emoções só começaram!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Ainda tem gente que usa blog? Um refúgio em meio ao caos

Eu em minha viagem ao Algarve em março/22 (sim, baixa qualidade e estava frio)

Escrevi no meu primeiro blog aos 11 anos de idade, depois de descobrir que eu podia escrever sobre qualquer coisa que achasse legal (e extremamente aleatória... seria vergonhoso ver os conteúdos se ainda existissem, obrigada Ingrid do passado por ter apagado) e compartilhar com todo o mundo. Acho que era a minha forma de colocar para fora, o que eu sentia, já que eu era muito negligenciada. Aos poucos eu fui aprendendo que eu e mais um monte de gente estava sozinho por aí. E que essas pessoas tinham tanta vontade de se expressar quanto eu e uma vontade ainda maior de ter uma rede de apoio e identificação.

Com o passar dos anos, o blog foi sendo substituído pelo modelo de fast content (conteúdos rápidos), pois é muito mais fácil postar uma foto bonita várias vezes ao dia, sem comentar sobre, só para impressionar ou chamar a atenção. Ou compartilhar/ver memes na internet sem precisar raciocinar muito. Até mesmo conversar de maneira mais instantânea. Fui percebendo que o íntimo foi perdendo espaço para as aparências, assim como o modo de interagir foi resumido a conversas rápidas, supérfluas, sem paciência para ler, para refletir sobre a vida, para ouvir desabafos... e nem estou falando de colocar os áudios na velocidade x2, ou simplesmente pular partes dele. Acho que perdi as contas de quantas vezes fiquei no vácuo porque em meio a tantas mensagens, as minhas se perderam na caixa de alguém. Ou simplesmente ficaram com preguiça de me responder. E como podem ver, sou mulher de muitas palavras, rs.

Eu também fui indo junto com essa ansiedade, impaciência e imediatismo (como uma amante de tecnologia, novidades e comunicação). 

Hoje, 15 anos depois -pausa para me sentir velha neste momento-, volto ao tradicional. Talvez em parte pelo mesmo motivo de quando tudo começou (sentimento de negligência, está todo mundo ocupado com tanta informação), mas também porque eu senti muita falta de escrever com mais calma, mais intimidade e de forma mais madura. É assustador como as redes sociais nos faz sentir julgada o tempo inteiro e como nós estamos tão atolados de informação, que não nos sobra energia para o que realmente importa.

Acho que não sabemos usar a internet, eu mesma só tomei consciência disso esse ano, depois de enfrentar as minhas piores crises de ansiedade. Eu realmente achava inocente gastar mais de 9h por dia no celular somente vendo redes sociais (excluindo as horas de trabalho, pois eu trabalho com isso em alguns momentos). Essa consciência não vejo vindo tão cedo por parte das pessoas e isso inclui as que eu conheço também, e eu mesma. 

Aos poucos vou construindo este espaço, que é sobre reflexões, sobre mim, meus momentos, viagens e qualquer outra coisa sobre a minha história. E a quem se interessar saber sobre, seja bem vindo(a).